Números têm alta em MT

22/03/2012 10h23m

O empreendedorismo está em alta em Mato Grosso. O estado ficou em segundo lugar em número de Microempreendedor Individual (MEI) no ranking da região Centro-oeste, de acordo com o levantamento feito pelo Sebrae. No total são 44.593 microempreendedores, sendo 10.485 apenas na capital. A primeira colocação ficou com o estado de Goiás que registrou 82.126 cadastros. O Distrito Federal vem logo abaixo de Mato Grosso, com 39.389 cadastros, seguido do Mato Grosso do Sul com 36.018. Em todo o Brasil, os empreendedores individuais já somam 2,184 milhões de pessoas.

No último ano o número de formalizações aumentou sensivelmente no Estado. Segundo Graziani Diego Menegatti, assistente técnico da unidade de atendimento ao empreendedor individual do Sebrae MT, de 15 mil em 2010 o número saltou para 39 mil em 2011. “E em março de 2012, já superamos a marca de 45 mil”, aponta.

Pouco mais de 1% da população brasileira já está enquadrado na categoria, enquanto que em Mato Grosso os EIs já são quase 1,5% dos habitantes do Estado. “A população mato-grossense representa 1,58% da nacional. O montante de empreendedores individuais do Estado, por outro lado, é 2% do total de empresários desse tipo no Brasil. Com esses dados podemos observar o potencial empreendedor da nossa população”, analisa Célio Fernandes, vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá).

Para Fernandes, o avanço da categoria se dá principalmente pelo trabalho de entidades voltadas ao empreendedorismo que tem fomentado a formalização. Além disso, “Mato Grosso é um estado jovem – em expansão econômica – com muita gente que enxerga as oportunidades que há aqui e as aproveita”, coloca. Segundo ele, o Estado empreende acima da média nacional.

Medo - A contabilista Flávia Flores acredita que parte do público a quem se destina o programa ainda tem algum receio em aderir a ele. “É um público mais reservado. Além disso, tem medo de ter que arcar com muitas taxas. Informar a este trabalhador as vantagens em uma linguagem que o alcance incrementaria ainda mais a adesão”, defende.

Ela explica que a formalização, além dos inúmeros benefícios junto a órgãos públicos – como previdência, auxílio-doença e auxílio-seguro, entre outros – facilita o acesso ao crédito. “Com o EI o trabalhador tem como comprovar renda e com isso pode conseguir empréstimos em bancos e financiadoras”.

Atualmente, quase 500 ocupações podem ser desempenhadas por um empreendedor individual.

Vantagens - O programa visa formalizar empreendedores com faturamento anual de até R$ 60 mil, sem sócios e com apenas um funcionário. “É importante lembrar que a grande vantagem é passar a trabalhar dentro da legalidade”, atenta Flávia.

O custo-benefício é outra vantagem. Através do pagamento de baixos valores fixos mensais, este empresário tem acesso à Previdência Social, que garante licença-maternidade, o seguro contra acidentes de trabalho, pensão por morte e o auxílio-reclusão, entre outros.

Após um ano de contribuição poderá ter auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. A partir 180 meses contribuindo, tem direito a aposentadoria por idade. E as mulheres passam a ter o direito à licença-maternidade com dez meses de contribuição.

A taxa fixa mensal para o EI é de 5% sobre o valor do salário mínimo de contribuição previdenciária (R$ 31,10) mais R$ 1 de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), se for do comércio ou da indústria, ou mais R$ 5 de ISS (Imposto sobre Serviços), caso seja prestador de serviço. (com assessoria)



Fonte: Diário de Cuiabá
 

 

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