Um levantamento realizado nessa semana, pela Fiesp, chamado “Necessidade de Capital de Giro para Recolhimento de Tributos e o seu Custo Financeiro para a Indústria de Transformação”, revelou que há um descompasso médio de mais de 50 dias entre o prazo de pagamento dos impostos feito pelas empresas industriais e o recebimento dos valores provenientes das vendas.
Esse conflito de datas traz a necessidade das empresas utilizarem linhas de crédito de capital de giro, com alto custo para as companhias, dinheiro que poderia ser utilizado para investir, gerando emprego, renda, consumo e produção – aumentando a competitividade brasileira. A pesquisa ainda traz a conclusão de que o descasamento desses prazos também gera despesa adicional de R$ 7,5 bilhões para as empresas industriais, somente com pagamento de juros das operações de capital de giro.
Assim, a entidade sugeriu uma ampliação de forma definitiva no desse prazo vigente de recolhimento, o que liberaria R$ 140 bilhões para outros investimentos. “Essa solução seria eficiente, prática e democrática. Dessa forma, haveria mais liquidez para todas as empresas e isso estimularia a economia como um todo”, disse Skaf.
Herança fiscal
Os prazos estabelecidos vem da época da hiperinflação, quando os governos federal e estadual antecipavam ao máximo o recebimentos desses impostos para que o dinheiro não perdesse valor. Com a inflação controlada, a medida passou a ser desnecessária, podendo ser revista em benefício aos setores produtivos.
Fonte: Fenacon
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