23/08/2010 13h17m
A máxima da oportunidade que caiu do céu não é força de expressão para novos empreendedores individuais em Mato Grosso. Após a formalização pela nova pessoa jurídica, autônomos e ambulantes vivem experiência de ter benefícios da ampliação de renda e acesso a serviços para melhorar seu pequeno negócio. Atualmente, cerca de 8,5 mil novos empreendedores já se formalizaram no Estado, em lista que inclui pintores, eletricistas, encanadores, doceiras, cabeleireiras, artesãs e vendedores. Dayane Cristina Fray de Jesus, uma professora de instituição particular há dois anos, doceira e cozinheira há três anos em Cuiabá, sabe o que é isso. A formalização, há dois meses, levou ela e a família a se empenharem
EMPREENDEDORES
8,5 mil
novos empreendedores mato-grossenses. Entre eles estão pintores e eletricistas para conhecer os caminhos do mundo empresarial e mudar de vida. A empreendedora já fala em ampliar seu negócio com compra de terreno de R$ 10 mil para construir uma padaria e investimento em um fogão industrial, recursos que devem vir da Caixa Econômica Federal, parceira da campanha nacional de formalização do Sebrae, das Juntas Comerciais, Receita Federal do Brasil, secretarias estaduais de Fazenda e municipais de Finanças e do Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Dayane diz que suas encomendas de salgados, bolo e doces, como trufas, aumentaram após se formalizar. “Meu marido vende 80 salgados por dia. Antes, ele vendia 25 salgados por dia”, comemora. E agora, ela fornece ainda
para padarias do bairro Pedra 90, a 25 km do centro de Cuiabá, além do marido, Willian Alves de Moraes, fazer entregas em pontos fixos a empresas no Distrito Industrial da capital. “Quando fui à palestra, falaram que a gente tem que divulgar o negócio. Então, comecei a fazer divulgação. E todo mundo dizia: ‘não sabia que você fazia bolo, doces’. E aí começou a encomenda”. Outra avanço, diz, é que já procura outra “pessoa para vender doces e salgados
por não dar conta das encomendas”. Sua fé e determinação tem motivo. “Comecei pela necessidade. Minha mãe ficou doente. E eu fazia bolo e salgado em casa. No início, vendia trufas e apareceram encomendas sem eu ir atrás”, relata. A formalização, diz, possibilitou outra realidade, pois “antes não tinha seguro nenhum, agora tenho direitos”, diz sobre o auxílio-doença, aposentadoria e salário-maternidade. “Tenho planejamento para poder tirar o Alvará”, afirma.
Acesso aos serviços
bancários é fácil e rápido
O jovem comerciante Diego Kischel , da Infinity Bijou, é outro novo empresário do Bairro Pedra 90 que teve bons resultados com a formalização. A família dele tem vários empreendimentos no bairro, como lojas de confecções, supermercado, mas Diego foi atrás do seu espaço e se formalizou. Em uma loja no bairro ele revende brinco, pulseira, colar, resilhas, entre outros acessórios. O ponto comercial aberto em fevereiro foi formalizado há dois meses.
Ele diz que o documento como empresa facilita acesso ao crédito. “Hoje tenho cartão para compra e revenda com tranqüilidade, tive acesso a crédito e pude contratar minha funcionária”,
cita. “Você trabalha com empresa regular e paga R$ 57 por mês. Um preço simbólico que dá para pagar”, compara. “Com a formalização, enviei a conta jurídica do banco e na hora deu certo. Em dois dias já operava com o cartão”. A formalização do Empreendedor Individual,
destinado a pessoas que faturam até R$ 36 mil ao ano, pode ser feita no endereço
para o INSS e mais R$ 5,00, no caso de prestador de serviço, e R$ 1,00 para os que atuam no comércio e indústria. O formalizado pode contratar uma pessoa e pagar salário mínimo e tem serviço contábil gratuito para abrir o negócio. Informações sobre o Sebrae-MT no site www.mt.agenciasebrae.com.br .
(Assessoria Sebrae-MT)
Fonte: JORNAL A FOLHA DO ESTADO