Diversos órgãos e entidades de defesa do consumidor já usam o Twitter para alertar as pessoas sobre os abusos do mercado. O mais recente participante da rede social é o Movimento das Donas de Casa de Minas Gerais (MDC-MG) que em 1985, sob a liderança da presidente Lúcia Pacífico, fez as donas de casa boicotarem a carne quando os preços dispararam na entressafra no Plano Cruzado e viraram as "fiscais do Sarney", na luta contra a inflação.
Quase três décadas depois, o MDC continuou a fazer pesquisas de preços que estão ajudando gente como o estudante Bruno Torquato, 21. Sem viver nos tempos críticos de inflação de 1.000% ao ano, mas num percentual que já corrói seu salário no patamar de 7%, Bruno acessa o Twitter do MDC para economizar nas compras de supermercado.
"De R$ 500 a R$ 600 que gastava na compra mensal de supermercado, agora com a pesquisa no Twitter do MDC consegui uma economia de R$ 50 a R$ 100", calculou Bruno, que ganha R$ 800. Sem saber o que era inflação, Bruno sentiu o aumento nos preços neste ano. "Olho a pesquisa do MDC uma vez por semana quando vou fazer compras", disse.
A presidente do MDC-MG, Lúcia Pacífico, considera fantástico o recurso que o Twitter dá. "Porque atinge um público jovem", disse. Mas ela também explica que não é todo público que acessa as redes sociais. "O povo de mais idade e eu não temos muita familiaridade com o Twitter", admitiu.
Com saudade do tempo que abordava as pessoas para falar de preços, Lúcia Pacífico afirma que é preciso o MDC usar o Twitter para dar maior visibilidade aos serviços da entidade. "O Movimento não podia ficar alheio a essa tendência do mundo globalizado, as informações tem que ser rápidas e instantâneas, senão a gente fica para trás", afirmou Lúcia Pacífico.
Seguidores. A diretora das redes sociais do MDC, Laís Menini, 24, disse que o Twitter da entidade tem 310 seguidores, mas a meta é que até setembro chegue a 1.000 pessoas. E no Facebook, o MDC tem 162 pessoas, com o objetivo de chegar a 500 pessoas até setembro deste ano. "A gente não chegava ao público jovem de 15 a 35 anos.
A grande maioria não sabia que a gente existia, mas são pessoas que estão na internet o tempo todo", disse Laís, referindo-se ao trabalho do MDC nas redes sociais.
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