21/05/2011 11h30m
O Sped foi novamente ponto de pauta no I Encontro Matogrossense das Empresas de Serviços. Desta vez, o auditor da Receita Federal, Carlos Sussumu Oda, detalhou o funcionamento do sistema para os participantes do encontro.
O Sped - Sistema Público de Escrituração Digital - tem a função de substituir os livros contábeis por arquivos digitais, além de padronizar, simplificar, integrar e facilitar o compartilhamento das informações. O sistema tem um controle rigoroso e funciona de tal modo que as entidades que precisam ter acesso a esses livros, como as Juntas Comerciais, podem autorizar um fiscal pra isso, como explicou Carlos.
São vários os documentos que podem ser registrados no Sped, notas fiscais, escriturações fiscais, PIS/COFINS, entre outros. O sistema deve começar a cadastrar outros em breve, como a folha de pagamento digital.
Com início das operações em 2006, o Sped recebe hoje cerca de 6 milhões de notas fiscais diariamente, emitidas por 600 mil estabelecimentos. Em 2010, o número chegou a 1,4 bilhões e os investimentos em infra-estrutura e desenvolvimento do programa somam R$ 157 milhões.
As vantagens, segundo o auditor, são para vendedor, consumidor e sociedade em geral, porque além da economia de papel, isto é, menos árvores derrubadas, a economia de água que seria utilizada no processo de produção do papel também é considerável.
O Sped oferece ainda algumas possibilidades para emissão de nota fiscal eletrônica, como o Programa Emissor Gratuito, o Sistema de Faturamento ou contratar uma empresa especializada nesse serviço.
Até 2012, disse Carlos, todas as empresas que contribuem com ICMS e IPI terão que utilizar o sistema. Essas adaptações tecnológicas trarão muitas mudanças no trabalho do contabilista e muitas exigências que, se não cumpridas, poderão gerar multas às empresas. Nesse sentido, o auditor informou que as negociações de como essa cobrança vai funcionar ainda estão sendo feitas.